sexta-feira, janeiro 12, 2007

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Temporariamente sem título

Mundos azuis, poetas de cartola, flashes e palavras soltas gritadas em surdina ao vento. Alguém me aperta a garganta,corta-me o ar e leva-me para um sítio que não conheço. Não quero conhecer,fecho os olhos para não ver.Acordo...uma sala cujo chão é preto e branco...ouço violinos que tocam melodias desconexas que me fazem chorar.A minha mente é um caos e eu faço amor com ela. Quem me dera enlouquecer para perder a noção do tempo...para entender a melodia que escorre dos violinos...para que eles me tocassem músicas de embalar e eu pudesse dormir para sempre em seus braços...
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11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tristemente belo...Gosto da forma como escreves, do que as tuas palavras transmitem...

4:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E sexo, nada?

3:18 da tarde  
Blogger J. P. said...

Título: "Hello world; i`m back"

1:42 da tarde  
Blogger delusions said...

Adorei... A beleza também habita no caos.

"Quem me dera enlouquecer para perder a noção do tempo...para entender a melodia que escorre dos violinos...para que eles me tocassem músicas de embalar e eu pudesse dormir para sempre em seus braços..."

Bjs* bom fim-de-semana

8:13 da tarde  
Blogger Merchi said...

A minha mente é um caos e eu faço amor com ela...

... lindoo ...

11:44 da tarde  
Blogger Merchi said...

falar comigo? como assim??

11:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá..Gostava de partilhar contigo este poema, que achei muito bonito...

«Mãe, eu quero ir-me embora - a vida não é nada

daquilo que disseste quando os meus seios começaram

a crescer. O amor foi tão parco, a solidão tão grande,

murcharam tão depressa as rosas que me deram -

se é que me deram flores, já não tenho a certeza, mas tu

deves lembrar-te porque disseste que isso ia acontecer.





Mãe, eu quero ir-me embora - os meus sonhos estão

cheios de pedras e de terra; e, quando fecho os olhos,

só vejo uns olhos parados no meu rosto e nada mais

que a escuridão por cima. Ainda por cima, matei todos

os sonhos que tiveste para mim - tenho a casa vazia,

deitei-me com mais homens do que aqueles que amei

e o que amei de verdade nunca acordou comigo.





Mãe, eu quero ir-me embora - nenhum sorriso abre

caminho no meu rosto e os beijos azedam na minha boca.

Tu sabes que não gosto de deixar-te sozinha, mas desta vez

não chames pelo meu nome, não me peças que fique -

as lágrimas impedem-me de caminhar e eu tenho de ir-me

embora, tu sabes, a tinta com que escrevo é o sangue

de uma ferida que se foi encostando ao meu peito como

uma cama se afeiçoa a um corpo que vai vendo crescer.





Mãe, eu vou-me embora - esperei a vida inteira por quem

nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta

hora as ruas estão desertas e as janelas convidam à viagem.

Para ficar, bastava-me uma voz que me chamasse, mas

essa voz, tu sabes, não é a tua - a última canção sobre

o meu corpo já foi há muito tempo e desde então os dias

foram sempre tão compridos, e o amor tão parco, e a solidão

tão grande, e as rosas que disseste um dia que chegariam

virão já amanhã, mas desta vez, tu sabes, não as verei murchar.»



De "O Canto do Vento nos Ciprestes", Gótica, 2001, 80 pags.

12:09 da manhã  
Blogger Beautiful Fenix said...

Gostei muito da forma como escreves e do que escreves.
O caos também tem a sua beleza e a dor lembra-nos que estamos vivos,para sentir a felicidade temos que saber o que é a tristeza, não achas?
Beijocas e continua

12:32 da tarde  
Blogger groze said...

Queria dizer-te só que te li com todo o espanto. Bebi muito e gostei. E agora dou-te um silêncio de quem te lê e de quem permanece mas não sabe o que dizer - nem como. Ler-te é estranho num "quase-ler-me".

Um Abraço.

1:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Eu sou um granda parvalhao que aqui veio parar por acaso, mas se queres enlouquecer e perder a noção do tempo ingere uma dose exagerada de "L.ast S.tage of D.elirium". Faz de tudo para teres uma bad trip, ve filmes de terror, le historias de ranger os dentes de tanto tremer, porra rapariga, essa tua pertubação excita-me pa c@r@lh0!!*

*Sem efeito se o teu namorado estiver ao teu lado a ler isto.

9:52 da manhã  
Blogger Marta Peralta said...

Erm...obrigada pelo comentário...eheheh

6:24 da tarde  

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