Temporariamente sem título
Mundos azuis, poetas de cartola, flashes e palavras soltas gritadas em surdina ao vento. Alguém me aperta a garganta,corta-me o ar e leva-me para um sítio que não conheço. Não quero conhecer,fecho os olhos para não ver.Acordo...uma sala cujo chão é preto e branco...ouço violinos que tocam melodias desconexas que me fazem chorar.A minha mente é um caos e eu faço amor com ela. Quem me dera enlouquecer para perder a noção do tempo...para entender a melodia que escorre dos violinos...para que eles me tocassem músicas de embalar e eu pudesse dormir para sempre em seus braços...
11 Comments:
Tristemente belo...Gosto da forma como escreves, do que as tuas palavras transmitem...
E sexo, nada?
Título: "Hello world; i`m back"
Adorei... A beleza também habita no caos.
"Quem me dera enlouquecer para perder a noção do tempo...para entender a melodia que escorre dos violinos...para que eles me tocassem músicas de embalar e eu pudesse dormir para sempre em seus braços..."
Bjs* bom fim-de-semana
A minha mente é um caos e eu faço amor com ela...
... lindoo ...
falar comigo? como assim??
Olá..Gostava de partilhar contigo este poema, que achei muito bonito...
«Mãe, eu quero ir-me embora - a vida não é nada
daquilo que disseste quando os meus seios começaram
a crescer. O amor foi tão parco, a solidão tão grande,
murcharam tão depressa as rosas que me deram -
se é que me deram flores, já não tenho a certeza, mas tu
deves lembrar-te porque disseste que isso ia acontecer.
Mãe, eu quero ir-me embora - os meus sonhos estão
cheios de pedras e de terra; e, quando fecho os olhos,
só vejo uns olhos parados no meu rosto e nada mais
que a escuridão por cima. Ainda por cima, matei todos
os sonhos que tiveste para mim - tenho a casa vazia,
deitei-me com mais homens do que aqueles que amei
e o que amei de verdade nunca acordou comigo.
Mãe, eu quero ir-me embora - nenhum sorriso abre
caminho no meu rosto e os beijos azedam na minha boca.
Tu sabes que não gosto de deixar-te sozinha, mas desta vez
não chames pelo meu nome, não me peças que fique -
as lágrimas impedem-me de caminhar e eu tenho de ir-me
embora, tu sabes, a tinta com que escrevo é o sangue
de uma ferida que se foi encostando ao meu peito como
uma cama se afeiçoa a um corpo que vai vendo crescer.
Mãe, eu vou-me embora - esperei a vida inteira por quem
nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta
hora as ruas estão desertas e as janelas convidam à viagem.
Para ficar, bastava-me uma voz que me chamasse, mas
essa voz, tu sabes, não é a tua - a última canção sobre
o meu corpo já foi há muito tempo e desde então os dias
foram sempre tão compridos, e o amor tão parco, e a solidão
tão grande, e as rosas que disseste um dia que chegariam
virão já amanhã, mas desta vez, tu sabes, não as verei murchar.»
De "O Canto do Vento nos Ciprestes", Gótica, 2001, 80 pags.
Gostei muito da forma como escreves e do que escreves.
O caos também tem a sua beleza e a dor lembra-nos que estamos vivos,para sentir a felicidade temos que saber o que é a tristeza, não achas?
Beijocas e continua
Queria dizer-te só que te li com todo o espanto. Bebi muito e gostei. E agora dou-te um silêncio de quem te lê e de quem permanece mas não sabe o que dizer - nem como. Ler-te é estranho num "quase-ler-me".
Um Abraço.
Eu sou um granda parvalhao que aqui veio parar por acaso, mas se queres enlouquecer e perder a noção do tempo ingere uma dose exagerada de "L.ast S.tage of D.elirium". Faz de tudo para teres uma bad trip, ve filmes de terror, le historias de ranger os dentes de tanto tremer, porra rapariga, essa tua pertubação excita-me pa c@r@lh0!!*
*Sem efeito se o teu namorado estiver ao teu lado a ler isto.
Erm...obrigada pelo comentário...eheheh
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