Tardes...
Já toda a gente se foi embora e eu fiquei aqui sozinha.Converso comigo propria, converso com as mortalhas que me servem para fazer cigarro atrás de cigarro.Nao me sinto, acho que ja nem sei o que sentir-me bem.Já me senti, lembro me disso, lembro me de ser optimista, de ver o mundo com outros olhos, de nao saber o que é solidao.Ate àquela noite em que tudo começou, em que o meu corpo começou a doer,a luz me magoava os olhos e eu gritava e gritava por ajuda a um mal que ninguem sabia qual. fui vista por medicos, ate me perguntaram se eu nao estaria gravida.aos 14 anos, nem me lembro se sequer um namoro de brincadeira eu tinha tido.Desde essas noites que ja nao sei mais nada.nao entendo porque vivo,nao percebo quem brinca comigo.se eu morresse tudo viraria escuridao, mas a dor desaparecia. a dor fisica cura se com analgesicos, com uma porcaria de um remedio qualquer.a minha nunca mais passa, e eu nao sei porquê,nao sei o que se passa, nao sei o que fiz de errado, nao entendo, tenho tantas duvidas, tantas perguntas sem resposta.ninguem me sabe responder.sou uma cobaia, um fruto de produtos quimicos...anda a chorar?aumentamos a dose do que faz rir.anda bem disposta?diminuimos a dose desse e aumentamos a dose dos que a deixam mais triste.roubaram pedaços do meu cerebro, pedaços de mim, do meu ser consciente.da minha paixao pelas coisas.que fiz eu?porque é que toda a gente foge de mim?nao quero comer,nao quero dormir...nao quero falar e nem sequer respirar.quero morrer, quero desaparecer, quero deitar os comprimidos fora,nao os quero mais, nao quero.sao eles que me deixam assim, que me anulam enquanto ser humano, que fazem de mim uma experiencia quimica.nao quero,nao quero, nao quero.as vezes gostava de me levantar cedo e fazer o que eu quisesse.conversar comigo mesma e sair à rua.encontrar pessoas que nunca me viram e dizer lhes bom dia. nao me iam responder porque iam julgar me uma pessoa normal.depois um dia ia ficar muito velhinha.ia morrer comigo mesma...depois de uma longa conversa comigo, ia voar.voar para um sitio, o unico sitio onde posso ser feliz, na companhia de anjos que nao sabem mentir, nem magoar ninguem, e que iam passar a eternidade a contar me anedotas, a discutir filosofia e literatura comigo.sou um zombie neste mundo.um cadaver adiado,que nao tem qualquer necessidade de viver por que ma roubaram.e é tarde de mais.ja ninguem me pode salvar.
4 Comments:
Green light, Seven Eleven
You stop in for a pack of cigarettes
You don't smoke, don't even want to
Hey now, check your change
Dressed up like a car crash
Your wheels are turning but you're upside down
You say when he hits you, you don't mind
Because when he hurts you, you feel alive
Oh no, is that what it is?
Red lights, grey morning
You stumble out of a hole in the ground
A vampire or a victim
It depends on who's around
You used to stay in to watch the adverts
You could lip synch to the talk shows
And if you look, you look through me
And when you talk, you talk at me
And when I touch you, you don't feel a thing
If I could stay... then the night would give you up
Stay, and the day would keep its trust
Stay, and the night would be enough
Faraway, so close
Up with the static and the radio
With satellite television
You can go anywhere
Miami, New Orleans, London, Belfast, and Berlin
And if you listen I can't call
And if you jump, you just might fall
And if you shout I'll only hear you
If I could stay... then the night would give you up.
Stay then the day would keep its trust
Stay with the demons you drowned
Stay with the spirit I found
Stay and the night would be enough
Three o'clock in the morning
It's quiet and there's no one around
Just the bang and the clatter
As an angel runs to ground
Just the bang and the clatter
As an angel hits the ground
Não estás sozinha, há pessoas que se preocupam. Mesmo que sejam anónimos na internet.
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