quarta-feira, agosto 09, 2006

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Fim

Neste infinito fim que nos alcançou,
guardo uma lágrima vinda do fundo
guardo um sorriso virado para o mundo
guardo um sonho que nunca chegou.

Na minha casa de paredes caídas
penduro espelhos cor de prata,
guardo reflexos do canto que mata,
guardo uma arca de rimas perdidas.

Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que conheci...

No mundo onde tudo parece estar certo
guardo os defeitos que me atam ao chão,
guardo muralhas feitas de cartão,
guardo um olhar que parecia tão perto.

Para o país do esquecer eu nunca nascido.
Levo a espada e a armadura de ferro,
levo o escudo e o cavalo negro.
Levo-te a ti... levo-te a ti....
levo-te a ti para sempre comigo...

Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que nunca perdi.


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