domingo, maio 06, 2007

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Escrever

Escrever palavras apenas para observar a tinta a sair da caneta,as palavras que se vão formando através de letras que vou escrevendo,mesmo que não façam sentido.Escrever para não enlouquecer porque o que povoa o meu cérebro são volumes de dicionários cheios de palavras repletas de letras,palavras em várias línguas, umas que existem,outras que nem sequer o são.Escrever porque é como respirar,é como voltar a adormecer o monstro para que não se liberte,escrever para ver a forma que posso dar ao texto pondo uma palavra aqui e outra
aqui.
Escrever porque posso,porque tenho mão,porque penso,porque sinto,porque sei,porque sou.Escrever até doer a mão e a letra sair feia.Escrevi porque necessitava...porque estava a enlouquecer...
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5 Comments:

Blogger inimaginavel said...

Escrever para não morrer. Para viver de novo. Para lembrar o que quero esquecer. Para esquecer do que me quero lembrar. Escrever por ti, por mim, por ele. Para mim, para ti e para ele. Escrever por escrever. Escrever como respirar. Escrever para não morrer.

10:33 da manhã  
Blogger Joanne said...

Escrever porque posso,porque tenho mão,porque penso,porque sinto,porque sei,porque sou.

Eu também o sou :)

10:13 da manhã  
Blogger Ozzer Seimsisk said...

Escrever para traçar a linha, escrever para palavrear. Para formar a trilha entre o surdo e o sonoro. Escrever como desenhar; e como desenhar sons, sentidos, pensamentos. Escrever para estender-se. Escrever para pensar. Escrever para aprisionar sentidos e demônios no papel, na imagem, na tinta. Escrever por agarrar palavras que voam desconexas no cérebro e esmagá-las na tinta que empapa milimetricamente o papel; a tinta que é o sangue da caneta. Escrever para transformar. E traçar, pensar e transformar para escrever. Escrever até o dia nascer, até doerem a mão, os olhos, os ombros. Escrever até escrever por escrever. Até estar por escrever. Até viver por escrever. Escrever porque é a única saída. Escrever para conseguir, escrever para suportar. Escrever para compreender.

9:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

escrever, nadar contra a maré do nosso ser, nadar para nos salvarmos.... afirmarmos o nosso ser, no seu estado de pureza ou devaneio.... seja qual for o estado, o importante é escrever, pois o dia em que o deixares de fazer, provavelmente algo em ti estará a morrer..... não deixes....

beijinho

ricardo jorge medeiros da cunha chaves

3:16 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Cona que lavas no rio
E lambes com a tua língua
Os tomates do meu caralhãol
Pode haver quem te fure o cú
Quem te compre por uns m+iseros cêntimos no Técnico
Mas a tua cona não, é para mim.

Fui ter à mesa redonda
besbeste o licor no meu cum shot
O beijo de no meu colhão.
Era o vinho que me deste
A água pura, puro agreste
Mas a tua vida não.

Aromas de luz e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição.
Povo, povo, eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida não.

Povo que lavas no rio
E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.

1:41 da tarde  

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