domingo, junho 25, 2006

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Logo eu, que nunca fui eu...

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Apaixonei me pela noite em pessoa...

Estava eu por aqui, totalmente enrolada nas minhas coisas, sem muito para fazer, a ouvir a banda sonora de Walk the Line, a olhar para velhos posts do meu blog...e reparei que ultimamente o meu blog nao tem nada, mas rigorosamente nada de jeito. poemas sem significado, posts estupidos..apercebi me de novo que este blog ja completou mais um aninho..estranho como o tempo passa tao depressa...
Agora escrevo pra mim, num caderninho.Acho que a culpa foi de quem me censurou durante tanto tempo por causa do meu espaçozinho aqui.Neste momento estou a olhar para este texto e nao me esta a fazer sentido nenhum. Sinto que de certa forma perdi algo que era muito meu, desde que comecei a tomar a medicaçao. a centena de comprimidos que todos os dias tenho de tomar pra me tornar "normal".Por vezes olho para eles, e sei que tenho de os tomar, por mim, por toda a gente que me rodeia.Mas noutras vezes, nao quero.Nao quero matar parte de mim, uma parte de mim que ja foi importante e que ja estou a perder.Quando me sento aqui no quarto, sozinha,de luz apagada e com a voz do jim morrison de fundo...sinto me eu mesma outra vez...a rapariga estranha, nem bonita, nem feia, que gosta de musica de velhos e fuma cigarro atras de cigarro enquanto nao fala com ninguem. A marta que tem uns olhos tao grandes, que era capaz de engolir o mundo atraves deles...nestes momentos choro...nao de tristeza, mas porque atingi o orgasmo da minha existencia. A minha noite...a minha vida.E foi aí que eu cheguei ate ao climax de toda a existencia humana, nao so a minha...encontrei a noite.sim, era ela, desde o momento em que a vi. a minha vida "enoiteceu", nao existe mais dia, existe a cumplicidade e a paixao de uma noite. a lua sempre cheia, a brisa, o cheiro da noite.o fumo dos cigarros.e agora, cada vez que fecho os olhos e ouço a noite, sinto um calor em mim, uma alegria de viver que doi...nao estou habituada à felicidade e quando a sinto doi.como se o meu organismo nao estivesse preparado para tal sentimento.sinto o meu peito a rebentar, o oxigenio recusa se a entrar, e eu morro assim, esmagada pela felicidade que julgava nao existir, pelo menos pra mim.e agora vou partir..vou esconder me de novo na noite...nas suas entranhas...vou fundir me com ela...talvez volte, talvez nao..

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segunda-feira, junho 19, 2006

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Estimo bem que este blog e os respectivos leitores se fodam,

obrigada.
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