Malditas insónias...é em noites como esta que vejo quão só estou.Em que penso e penso e nao chego a qualquer conclusao.Apesar de ter iniciado a medicaçao e ter melhorado bastante no último mês, a noite passada chorei e desejei a morte.Hoje nao chorei,mas a morte parecia me bem deliciosa...Vivo como que enclausurada, como se um demónio sedento vivesse dentro de mim e eu tivesse que abafá-lo a toda a hora.Só na penumbra da noite,quando nao ha mais ninguem por perto, é que ele se tenta libertar, mas a liberdade é pouca e ele nao subsitiria...Achava me eu melhor...Por vezes apetece me desisitir de tudo, ate dos meus principios e dogmas, fugir e viver cada dia so meu!Ninguem compreende como me sinto só e triste e demonstro uma "felicidade" que temo nunca sequer cheirar.Nao sou nada, mas tudo é demasiado pequeno para mim.Ao escrever liberto me.Fujo para onde só eu sei.Cansam me as caras e as formas pequenas de ser...anseio ser feliz e inguenua como ja fui;quanto mais sei,menos me apetece aqui ficar.Caminho sozinha nesta estrada,onde me puseram porque nao me lembro de ter optado naquele cruzamento...nao vejo mais ninguem.Estou triste e insanciada.Que vontade de beijos, carícias, sexo durante horas sem sequer precisar de ser sexo, só pra me sentir viva!Saudades de estar e ser só por estar e ser como eu tao bem sei...do sol que me iluminava na noite, quando mais ninguem o sentia.Apetece me gritar, dizer que ja chega!Que o meu corpo está morto e a minha alma cansada.Que o medo que sinto já há muito que me consumiu...levando comigo a deusa que eu ja fui, o anjo a quem ja cortaram as asas...As lágrimas queimam-me.Os cigarros sucedem-se na busca de novas sensaçoes..Nao posso crer que seja so isto!Tem de haver mais, senao eu perco me!Perco me na pequenez das coisas e das pessoas..nas coisas que eu queria que fossem grandes e que tentei enaltecer, nas coisas que eu queria que fossem grandes, à minha altura...nao, nao é narcisismo, é apenas uma forma peculiar de estar.Quando acordo penso:É hoje!Tudo vai mudar...Mas a noite cai...e eu imploro lhe em surdina que nao acabe..ela parte;o tempo nao pára para mim!E eu sinto me a cair...a tornar me num dejecto humano...a apodrecer por dentro...Que dor, que cansaço,que tristeza,que insatisfaçao...O desejo e a esperança estão a morrer.E eu nao mereço isso!!Sou jovem ainda!Ha tanta coisa que eu ja quis fazer...
